terça-feira, 27 de abril de 2010

New Family = New Rules ???

Foi decidido (não por mim) que a partir de agora não posso chorar à frente de outras pessoas, nem mesmo na minha própria casa. Sim, como se eu gostasse de chorar à frente das outras pessoas, e sentir os seus olhares de piedade a caírem sobre mim como se eu fosse alguma coitadinha. Coisa que nunca gostei foi de chorar, mas quando tem de ser não consigo mesmo evitar que as lágrimas me caiam pelo rosto.
É frustrante perder parte da privacidade da minha casa. Antes podia fazer o que quisesse, agora com esta pessoa a substituir um pai que foi ausente é tudo diferente. Não é que eu não goste dele, mas já não estava habituada a ter alguém autoritário a dar-me ordens em casa. Com a minha mãe não funciona assim, ela pede e eu faço, e vice versa. Nunca ouve necessidade de nenhuma de nós ordenar algo à outra.
Lembro-me quando Ele veio cá para casa era tudo muito fácil, não havia ordens para ninguém a não ser ele mesmo. Agora, apesar de ainda haver momentos de felicidade familiar, são mais as vezes que eu tenho de sair da sala porque não estou autorizada a chorar a sua frente do que as em que numa simples argumentação sobre o meu futuro, ou o meu comportamento do presente, em que eu fique até ao fim sentada à mesa. Será assim com toda a gente? Não quero magoar ninguém, até porque quando preciso Ele é o primeiro a ajudar (tirando a minha mãe, claro. Ela é, e será sempre a primeira a ajudar-me a levantar sempre que eu cair).
Cada vez me fio mais no velho ditado: "Ou se é preso por ter cão, ou por não ter.". Por exemplo: quando estou a levantar a mesa (como faço todos os dias) ele me diz, deixa estar que eu levanto o resto; Mas depois, diz-me que eu não ajudo em casa; Mas depois diz que não quer que eu me transforme em nenhuma "fada do lar".
Ás vezes sinto-me perdida, e desta vez na minha própria casa...

domingo, 25 de abril de 2010

A minha ausência prolongada não se deve à falta de inspiração, mas à falta de oportunidade e de privacidade. Eu sou daquelas pessoas que quando está a desenhar ou a escrever algo não gosta que as outras pessoas veja antes de estar acabado, a não ser quando peço uma opinião. Por isso não consegui mesmo expressar-me mais cedo. Muito se passou nestes últimos dias. Acho que perdi um amigo, por subestimar os seu sentimentos, e para melhorar a situação afastei-me de algumas amigas minhas e agora quero o que perdi de volta. Quero-as de volta principalmente, fazem-me falta... Elas cada vez mais unidas, com a união que eu tinha com elas no início do ano. Mas a culpa disso é minha. Eu gosto de ter muitos amigos, então gosto de os ficar a conhecer a todos, e por vezes dou mais atenção a uns do que a outros e depois sinto que os estou a perder. Com tudo isto chego à conclusão de que o meu maior medo é a solidão

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Acho que começo a perceber o que me faz falta e o que está a mais na minha vida. Já não me sinto mais perdida, apesar de me revoltar mais vezes. Mas a revolta pode ser uma coisa positiva, pelo menos a mim dá-me garra. Dá-me vontade de lutar por aquilo que acredito. Ainda não me encontrei a mim mesma, mas começo a encontrar os primeiros indícios de um caminho. Um caminho que eu posso seguir. Há algo a mais, algo que vai ter de sair, algo que é como que uma barreira no meio desse caminho. É algo bom, não me levem a mal, e eu gosto... Mas sinto que está a mais, que me impede de avançar. Mas tirando isso, o caminho vai ficando mais iluminado, mais nítido... Será que chegarei mesmo ao fim? Conseguirei encontrar-me a mim mesma?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Devo ser das poucas pessoas neste mundo que não está minimamente incomodada com o regresso das aulas. As férias da Páscoa acabaram e a velha rotina dos dias escolares da vida de centenas de adolescestes volta à normalidade. Acordar cedo (demasiado cedo na minha opinião >.<) vestir-me, preparar-me para a escola, verificar o horário (nunca consegui memorizar o meu horário xD), apanhar o autocarro, entrar na sala de aula e tentar tomar atenção. E é esta a minha rotina matinal...

Mas não me posso queixar! Até nem é assim tão mau. Pelo menos assim tenho objectivos para todo o dia, todos os dias. Nem que sejam estudar para subir as miseras notas que tive até agora. Com o regresso das aulas tenho a oportunidade de rever os meus amigos todos os dias, coisa que não aconteceu durante as férias. Bem, acho que ao fim desta primeira semana já estarei de novo habituada à velha rotina escolar.

sábado, 3 de abril de 2010


Não gosto que me mintas, não gosto que me façam de parva, não gosto que quando combinamos as coisas de uma certa e determinada maneira elas acabem diferentes, não gosto de mentir ás pessoas que adoro e amo, não gosto de estar muito tempo sozinha porque me perco dentro da minha própria mente, não gosto da maior parte dos vegetais (tirando algumas excepções), não gosto que me achem demasiado irresponsável para tomar decisões sozinha, não gosto que achem que por ser responsável tenho de tomar conta de certas coisas que não me dizem respeito, não gosto que me ignorem, não gosto de ser o centro das atenções, não gosto que digam que só demasiado velha para fazer palhaçadas com os meus amigos, não gosto que me tomem por mais ignorante do que aquilo que sou... Resumindo, não gosto de muita coisa, mas sei do que gosto... GOSTO DOS MEUS AMIGOS, do apoio que eles me dão sempre que preciso e de me aceitarem por aquilo que sou.