terça-feira, 12 de outubro de 2010

Noite

“Numa rua pouco iluminada, possuída por uma grande ausência de calor encontrava-se um silêncio de morte. Mas o silêncio não me incomoda, nunca me incomodou. No entanto o frio, esse, fica cada vez mais intenso à medida que os segundos passam, e eu cada vez mais fraca. Aqui estou eu, de mãos atadas atrás das costas, com uma corda áspera o suficiente para causar alguma dormência nos meus pulsos. Não sei há quanto tempo estou aqui, mas sei que nem o meu estômago tem forças suficientes para mostrar o seu desagrado pela falta de comida de pelo menos das ultimas 12 horas. Sim, porque da última vez que acordei neste beco ainda era de dia, pelo menos fim do dia, pois o sol ainda se encontrava a escassos centímetros do horizonte, e agora era a noite que se estava a ir embora. Neste momento já não chove, mas as minhas roupas e o meu cabelo ainda estão carregadas de humidade. A única possibilidade é a de ter chovido enquanto eu dormia, mas infelizmente a minha inconsciência não foi provocada pelo sono e mas sim pela fraqueza do meu corpo.”

5ara

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